[FP] D'EVONN, Quilla

Uma garota extremamente inteligente, muito talentosa em artes e instrumentos clássicos como piano, violoncelo e violino, e com uma habilidade incrível de conseguir aprender quase qualquer coisa num período de tempo muito curto a menina teria tudo para ser uma garota excepcional não fosse sua afasia. Ela não fala, nem mesmo com seu pai ou com qualquer outro, raramente uma palavra é pronunciada pela menina e quando feito isso leva-se uma eternidade mais para que ela novamente o faça. Por conta da afasia muitos pensam que a garota é surda e muda, ainda mais porque na maior parte do tempo ela possui um olhar distraído e distante, evitando contato visual com a outra parte. Estes seus trejeitos “tímidos” dão a ela um ar de altismo, mesmo que ela não possua nem uma parcela de tal coisa.

Sempre vestindo-se com roupas maiores que ela e que na maior parte do tempo não combinam, Quilla assimila-se quase à uma hippie com suas longas saias, bolsas de pano, óculos grandes e moletons. Ela não possui qualquer interesse ou cuidado com sua aparência deixando seus cabelos ruivos sempre soltos em uma juba colossal e fácil de esconder sua face. Quilla não parece possuir qualquer interesse nas outras pessoas, focando-se apenas em livros, histórias em quadrinhos, música e esgrima. Apesar de todas estas características que a deixariam à parte da sociedade e talvez a tornaria uma pessoa triste, a menina é sempre muito educada, gentil e mostra seu sorriso sempre que sente que o deve mostrar; acredita nas pessoas, mesmo quando sabe que elas estão a enganando ou fazendo algo de errado, e é somente em momentos de preocupação que ela muda seus trejeitos reclusos para falar ou agir.

Antes de seus dramas e traumas – em especial o acidente da carro que matou seus pais no qual ela estava presente – a garota era uma criança animada, feliz e que estava sempre de bom humor; falante, as vezes atrapalhava-se nas palavras enquanto mudava de assunto à cada minuto. Ela gostava de dançar, atuar, ouvir músicas alegres e vestir-se da maneira mais feminina e delicada possível. A pequena era conhecida como a caçula d'Evonn, a menina mais doce, meiga e animada que existia, enquanto estava em seu auge. Então tudo foi perdido; nada restara da antiga Quilla, nem mesmo seus sonhos de atuação sobraram – ela logo saiu da carreira artística quando falar já não era mais uma opção. Os restos do que ela um dia foram tornaram-se defeitos, ou apenas eles que haviam sobrado. Seus pesadelos haviam persistido, seus medos aumentado, e o que antes não passava de sua imaginação agora tornava-se muito real.

Em superfícies espelhadas Quilla não via apenas a si, via a outra ela, como se seu reflexo fosse uma Quilla totalmente diferente, tanto da atual quanto a do passado. Aquela era uma Quilla que não existia e não deveria existir. Um ser sem compaixão, sádico, cruel, ganancioso, que acredita que apenas o poder lhe abre as portas. Esta sua “outra eu” permanece presa nos vidros espelhados, não assume o corpo de Quilla ou nada similar... Pelo menos ela ainda não conseguiu.



✩ Atuação. [Experiente]
✩ Comunicação. [Muito Ruim]
✩ Silêncio. [Experiente]
✩ Furtividade. [Experiente]
✩ Trabalhos de Casa. [Ótima]
✩ Trabalhos Manuais. [Ótima]
✩ Conhecimento Lógico, Matemático e Físico. [Experiente]
✩ Instrumentos Corda. [Experiente]
✩ Desenhar. [Mediana]
✩ Dirigir. [Ruim]
✩ Nadar. [Mediana]
✩ Empatia com animais. [Experiente]
✩ Esgrima. [Experiente]
✩ Conhecimento sobre Computadores [Ótimo}

✩ Cubo mágico de 12 faces.
✩ Corby, urso de pelúcia branco surradao e remendado de sua infância, sempre está com ele.
✩ Florete extensível de prata com entalhes em seu cabo e o símbolo da família em seu final como um sinete. Quando “fechado” assimila-se à uma espécie de varinha com 45 centímetros.